Fases do Luto (Elizabeth Kubler-Ross) e série da WandaVision (2021)

Mediante pandemia, houve um acréscimo de perdas de vários sentidos e com isso, se faz necessário conhecer os processos do luto em nossa vida, para poder realizar uma qualidade de vida saudável e bom desenvolvimento humano.   

Pe. Marcelo José é teologo e mestre em Psicologia Social e do Desenvolvimento Humano. 

Modernidade Líquida: relações superficiais

Na era contemporânea, as relações estão saindo do aspecto sólido, para o líquido: a modernidade imedita, "leve", "líquida" (sem muito compromisso e superficial). 

O autor Baumen mostra que a nossa sociedade moderna se tornou líquida, em relação as condições de atuação das pessoas: uma sociedade do descartável.  Uma boa constatação é a ânsia por devorar, suprimir, trocar, modificar de modo bastante intenso os relacionamentos a respeito dos outros e conosco mesmo. 

Com este tipo de filosofia de vida,  os relacionamentos se tornam mais superficiais, ou seja, tendem a prejudicar o nosso desenvolvimento biopsicossocial e espiritual.

Simbologia das Flores

Simbologia das Flores

O símbolo é aquilo que pode representar uma realidade.  O ser humano, ao longo da sua  história, criou símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações, ideias e espiritualidade.  É, de fato, uma forma de comunicação que a Igreja se apropriou, para transmitir as verdades de Jesus Cristo.  O símbolo pode ter vários significados, mas vai depender do contexto que é usado.  Ex. O símbolo do Leão que em um contexto é a imagem de Jesus (autoridade máxima - Ap 5,5) e em outro contexto é o demônio (o mal) que quer devorar a alma que não está em oração com Deus (I Pedro 5, 8).    

Há a simbologia das flores que encontramos em diversas narrativas ligada à vida dos santos.  E de uma forma psicopedagógica, a Igreja quis ensinar aos fiéis iletrados, da Idade Média, um conhecimento, uma reflexão, através de uma linguagem visual que usa imagens, para representar alguma temática. 

A ORQUÍDEA ROXA É SÍMBOLO DA DIGNIDADE, PURIFICAÇÃO, ELEVAÇÃO E ESPIRITUALIDADE (PRÓPRIO DO TEMPO QUARESMAL).

Os Santos e a ligação das flores

Na vida dos santos, encontramos vários símbolos de flores que representam alguma virtude vivida por eles:

Santo Antônio e s. José tem o lírio que representa a castidade e pureza de alma (Mt 5);

Santa Filomena e s. Jorge da Capadócia tem a palma que é símbolo do martírio, de vida em Cristo até a morte;

Santa Dorotéia e Santa Teresinha tem uma rosa que simboliza a vida em Cristo.   A imagem de Santa Teresinha com rosas mostra sua intercessão na terra do céu: "Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo".  

São Domingos Sávio tem várias flores: rosa (caridade), violetas (humildade), girassóis (obediência), lírio (virtude de alma).   Uma vez, são Domingos apareceu com um ramos de flores à dom Bosco e lhe dizia: "Está a ver flores? Representam as virtudes que mais agradam ao Senhor".  

Possamos aproveitar a simbologia das flores, e assim, floriar a nossa meditação com o nosso mestre Jesus e sua amada Igreja.   

Pe. Marcelo José M. da Costa

Pregação do primeiro domingo da quaresma - ano B.

O Senhor nos convida a conversão (metanoia) e nos fala ao coração.    Ele nos chama ao deserto, para poder nos comunicar a sua graça e misericórdia.    Possamos assim, sermos um amigo pessoal dele, agindo com reciprocidade.   

https://youtu.be/wIOK4sWsx1o

Encontro com Dom Carlos Alberto Navarro no Campo do Seminário são José - Niterói.

Encontro com Dom Carlos Alberto Navarro no Campo do Seminário s. José de Niterói 

Logo que entrei no seminário (2000), fui falar sobre a minha família que era bem eclética religiosamente falando, pois meu pai é kardecista, a minha mãe é evangélica (Maranata) e minha irmã é esotérica (astrologia, tarô, cristais).  Ele com toda sabedoria me falou que seu pai era, também, kardecista, e que eu deveria confiar na misericórdia de Deus. Apenas ele me exortou, para dar um bom testemunho de cristão e realizar a minha parte na missão de Jesus Cristo.

Com essa conversa, eu tirei um fardo que tinha colocado sobre os meus ombros a respeito da salvação dos meus pais e familiares, pois eu tinha colocado um peso de condenação, de que eles não seriam salvos, por não serem católicos.   

Estudando psicologia (FAMATH, 2010 - 2014), na área da TCC (Terapia cognitiva-comportamental), explica que esse pensamento é uma crença nuclear distorcida (desvalor, desamor e desamparo), pois alimentamos pensamentos com verdades absolutas e imutáveis (distorcidas) que prejudicam a nossa psiqué e com isso, temos comportamentos que acabam nos adoecendo (problemas psicopatológicos) (Knapp, 2004).

No âmbito da Teologia, há  também, estudos bem saudáveis, como nos aponta o documento DOMINUS IESUS, em relação à salvação das pessoas:

Deus manifesta ordinariamente a sua graça e salvação, por meio da sua Igreja (Mt 16; Jo 21; Atos 2; Ap 12 e 22), mas que, não se limita a ela e age de maneira extraordinária, pela qual, desconhecemos (Salmo 138).

Neste tempo de multiculturalismo e religiosidade, possamos viver uma fé saudável, tanto para si mesmo e na relação com os outros que possuem a mesma fé ou não, e possamos lembrar sempre que no final de tudo é Jesus que julga e não nós.   

"Mulher, onde estão? Ninguém te condenou? Respndeu: - Ninguém, Senhor. Disse-lhe Jesus: 'Tampouco eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais" (Jo 8, 1-11). 

Este texto é uma homenagem ao nosso saudoso arcebispo de Niterói: dom Carlos Alberto Navarro, que nos ensinou a integridade em nossas ações e missão pela Igreja, onde quer que seja. Era um discípulo amado de santa Teresinha do Menino Jesus, ao qual, ele sempre a chamava de "Meu Anjo".  Ele fez sua Páscoa no dia:  02/02/2003.  

Pe. Marcelo José M. da Costa é Padre (2009) e Psicólogo (2014) da Arquidiocese de Niterói. 

REFERÊNCIAS:

Bíblia do Peregrino. (1997). São Paulo: Paulus. 

Declaração Dominus Iesus: sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e a doutrina da Igreja (2000).

Knapp, P.  (2008).  Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed.

Cura dos traumas da morte - padre Léo (resumo do padre Marcelo José)

O sentido do Natal

Jesus é o Messias escolhido, para realizar o bem e nos ensinar o amor que vem de Deus. Ele nasceu numa pequena manjedoura, em um lugar simples: indicando-nos a simplicidade em nossas ações (Lc 2).

Em um momento histórico, s. Nicolau de Mira (Turquia), bispo, teve a ideia de fazer brinquedos e dar para as crianças carentes, na noite de Natal.  Essa ação ficou tão marcada, que em muitos lugares do mundo copiaram este gesto tão nobre e também,  muitas lendas foram criadas sobre ele. 

Em nossa  contemporaneidade, o capitalismo gostou da dimensão de sua imagem mundial (propaganda e marketing) e com isso usou a figura do bom velhinho, para o consumismo e que acabou distorcendo o sentido primeiro do que é realmente o Natal.  E por isso, a charge de Jesus com Papai Noel: "Todo ano você estraga o meu aniversário."

Contudo, possamos regatar a imagem essencial do Natal de Jesus e procurar viver as virtudes de s. Nicolau,  homem temente a Deus e virtuoso, pela qual,  ajudava muitas pessoas em seu tempo.