segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Avivamento Canção Nova (11-13/02/23

A associação Pai Rico em Misericórdia esteve presente no Avivamento, onde os pregadores: Moisés Rocha (Filhos de João Batista), Pe. Roger Luís,  Frei Gilson e dentre outros falaram sobre o Reino de Deus.  Deixar que o Reino possa acontecer em nós mesmos mesmo mediante as dificuldades da vida. Possamos ser prudentes como as virgens prudentes: atentas para o Noivo que é Jesus.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

RESILIÊNCIA E CALAMIDADES COM CHUVAS

RESILIÊNCIA E CALAMIDADES COM CHUVAS 
As chuvas em nosso Brasil estão cada vem mais frequentes e com isso, gerando muito medo na população.  Faz-se necessário, no entanto, um olhar resiliente mediante aos mecanismos de risco presentes como: perdas de objetos, de casas, de familiares e até mesmo de lugares como algumas pessoas que foram impedidas de voltarem para as suas casas no Engenho Pequeno (São Gonçalo), pois o risco de desabamento é muito grande. 
Conforme a pesquisadora Yunes (Yunes, 2015), pós doutora no assunto de resiliência, “a resiliência é frequentemente referida por processos que explicam a superação de crises e adversidades em indivíduos, grupos e organizações com consequentes transformações e fortalecimento pessoal e coletivo dos envolvidos”.  Há, portanto, vários focos neste assunto, seja ele, individual (Yunes, 2001;), familiar (Walsh, 2015), profissional (Costa, Yunes & Achkar, 2020) ou comunitário (Achkar & Yunes, 2020).
Mediantes estas chuvas torrenciais, o âmbito mais específico é a resiliência comunitária que consoante Ojeba, La Jara e Marques (2007) definem o conceito de resiliência comunitária como “condição coletiva para superar desastres e situações de adversidade maciça e construir sobre elas”.  Eles apresentam OS PILARES DA RESILIÊNCIA COMUNITÁRIA: 

Solidariedade: adesão à causa ou empreendimento como ou dos outros, com o fim comum a todos.  Um paroquiano da Matriz de São Gonçalo perdeu a sua casa, mas no outro dia agradeceu muito a Deus pelos seus irmãos da Igreja, do seu trabalho e amigos:

Eu perdi a minha casa com a chuva, mas agradeço a Deus por ter-me providenciado a nova casa neste momento de chuva.  Agradeço aos irmãos da Igreja, do trabalho e amigos que são até mesmo de outras religiões...(P1).

honestidade estatal ou administrativo: refere-se à gestão  decente e transparente da “coisa pública”, porém vai mais longe que administração e burocracia limpas;

A ONU e  outras instituições realizaram um plano que visa minimizar os grandes impactos ocasionados pelos desastres: Estratégia Internacional para a Redução de Desastre (EIRD) e Marco de Ação de Hyogo – MAH (2005-2015) (ONU, 2005).  De fato, possa se colocar em prática essas ações e as nossas, também, evitando jogar lixos nas ruas (Amorim, Quelhas & Motta, 2014).

Identidade cultural: implica essa persistência na unidade, atravessando mudanças, circunstâncias diversas e adversas e cenários muito diferentes;
Humor social: o humor é uma estratégia de ajuste que contribui para uma aceitação madura da desgraça comum - distanciamento em relação ao problema - tomada de decisões para resolvê-lo;
Autoestima coletiva: refere-se à atitude e ao sentimento de orgulho em função onde se vive; 
São vários exemplos que podemos tirar neste momento com a solidariedade: dos bombeiros e vários outros profissionais; a ajuda das pessoas com alimentos, roupas, águas, material de higiene; doação financeira de vários lugares do Brasil (recebi e repassei para as igrejas que são  núcleo de caridade), pessoas de vários credos religiosos se unindo para ajudar.   De fato, são excelentes mecanismos de proteção e de salutogênese (vida mais saudável) para que o homem possa se tornar homo salus, ou seja, uma melhor promoção de saúde para si e os outros (Costa, 2020). 
Contudo, a resiliência é um referencial teórico que possa favorecer uma melhor atuação diante das chuvas frequentes em nosso país.   A questão da resiliência comunitária proporciona intervenções positivas ou protetoras que visam realizar a promoção do ser humano com seu bem-estar subjetivo e coletivo, principalmente, aqueles que vivem em situações de risco pessoal e social (Amorim, Quelhas & Motta, 2014).  
O conceito de resiliência comunitária possa auxiliar nas políticas públicas em nosso Brasil, e com isso, conduzir as autoridades, os agentes sociais e as pessoais para um melhor desenvolvimento humano e comunitário (Yunes, 2015).  

Padre Marcelo José 
Mestre em Psicologia Social.

BIBLIOGRAFIA

Achkar, A. & Yunes, A. M. (2020). Considerações teóricas sobre o conceito de resiliência comunitária e os indicadores de saúde comunitária.
Amorim, M. F., Quelhas, O. G., & Motta, A. L. T. (2014).  A resiliência das cidades frente as chuvas torrenciais: estudo de caso do plano de contingência da cidade do Rio de Janeiro. 
Costa, Marcelo José M. (2020). Resiliência Profissional em equipes de saúde que cuidam de pacientes com câncer. 
Yunes, M. A. M. (2015).  Psicologia dos desastres e resiliência comunitária: reflexões sobre a boate KISS.  
Yunes, M. A. M. (2018). Super-heróis como promoção para resiliência.
Mesmo com chuva ter um olhar resiliente 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Evangelizar com games: a vovó gamer

Olha quem está jogando aqui?

https://www.instagram.com/reel/CoSq-0PAMiB/?igshid=YmMyMTA2M2Y=

É a querida vovó do meu nobre brother @emmanuelbarross. Realmente, jogar videogame não tem idade mesmo. Ela tem 80 anos de idade e tem mal de parkson (jogar videogame a ajudar muito com sua doença).  
Ela liga o videogame sozinha e escolhe seu jogo e sem deixar as suas atividades domésticas: arrumar a casa, cozinhar, fazer compras.  É um belo exemplo essa vovozona. 

Há tempo para tudo (Eclesiastes 3):

Tempo de plantar e tempo de colher.
Tempo de trabalhar e tempo de jogar.
Tempo de estudar e tempo de brincar.
Aproveite o tempo para administrar bem a vida e com qualidade. 

 Deus os abençoe sempre. 

Pe. Marcelo José 
Evangelizar com arte: vovó gamer. 

#vovogamer #videogame #evangelizarcomarte #10arte #padre_marcelojose #sonic #ps5
#evangelizarcomgames

Diferença essencial de Nossa Senhora e Iemanjá

Na Praia da Luz - SG, tivemos uma linda festa de nossa Senhora da Luz (02/02). 

Falei de nossa linda festa em honra a Nossa Senhora da Luz que é a mãe de Jesus.  Seu nome é Maria de Nazaré (nasceu no oriente médio), filha de Santa Ana e Joaquim que eram judeus (Evangelho de São Lucas).  

Falei também da diferença de Nossa Senhora e Iemanjá: são pessoas e histórias bem dististas.  
A iemanjá (divindade) vem da África, mas precisamente, Nigéria que significa "a mãe cujo os filhos são como peixe" (por isso, o significado de ser no mar o culto). 

Meu irmão esteve depois na festa e encontrou um senhor que expressou: "Não gostava deste padre, aqui, mas com o tempo comecei a gostar" (pois o senhor é de outra religião).  Meu irmão prontamente falou: "Olha, lá em casa cada um tem sua religião e nos respeitamos e muito..." 

Eu como sacerdote católico explico: "Para os católicos que estão aqui, na missa, há uma diferença muito grande entre os santos católicos (viveram a fé em Jesus Cristo e sua Igreja) e os orixás (cultura africana).  Essa mistura (sincretismo religioso) vem desde o tempo colonial quando os povos negros não podiam cultuar suas divindades - mediante a religião oficial do catolicismo - mas que utilizavam as imagens dos santos para colocarem sua divindades. 

Com isso: Nossa Senhora da Conceição ficou iemanjá; são Jorge ficou Ogun; Jesus ficou Oxalá,....

Sendo que, estamos num país laico, onde as pessoas podem seguir a sua religião livremente.  Devemos nos dar respeito mútuo a cada dia.  Não concordo com a religião, ideia do outro, mas devo respeitar e criar um diálogo inter-religioso (pontos em comum de ação na sociedade).  

Portanto, os santos católicos foram aqueles que seguiram a Jesus Cristo e sua Igreja (Hb 12; Ap 4-8) e os orixás são personagens vindos da África. Com isso, não precisamos realizar essas misturas (sincretismo), já que, todos possuem a liberdade de realizar os seus cultos livremente.  

Pe. Marcelo José M. da Costa
Filósofo, teólogo e psicólogo 
#catolicismo #sincretismo #religioes 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Movimento Sacerdotal Mariano em Iguaba - RJ

No dia 07 de janeiro, tivemos o cenáculo mariano em Iguaba Grande - RJ.  Realizamos a santa missa e logo após, um belo café da manhã.  
Rezamos o Rosário Mariano e a mensagem do livro azul foi do dia 22 de novembro de 1992: 

Jesus, Rei do Universo.  Quando acertam o pastor o rebanho se dispersa e fica fraco, mas Jesus não vai deixar de cuidar dos seus.  Possamos permanecer com o Senhor.
Paróquia Nossa senhora da Conceição em Iguaba - RJ 

irmã religiosa da santíssima virgem e padre Marcelo José  

irmã religiosa e o seminarista Juarez 


sábado, 17 de dezembro de 2022

Fraternidade: gerar a unidade entre os irmãos

Costumo sempre escrever algo de minhas viagens e encontro com as pessoas, pois na vida influenciamos e ao mesmo tempo somos influenciados (de maneira consciente ou inconsciente). Eis a reflexão de nosso encontro pela noite: 


“Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos. É como um óleo suave derramado sobre a fronte, e que desce para a barba, a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto. É como o orvalho do Hermon, que desce pela colina de Sião; pois ali derrama o Senhor a vida e uma bênção eterna.” (Salmo 132).


A Sagrada Escritura utiliza vários símbolos para expressar diversos ensinamentos (Ap 1; Lc 15). Por exemplo, neste salmo, o óleo perfumado simboliza várias situações e atitudes, entre elas a hospitalidade, alegria, festa e também consagração sacerdotal e da realeza. 


Pude contemplar o óleo que vocês derramaram sobre mim desde que cheguei em Porto Velho: hospitalidade no seminário e belo acolhimento (Hb 13); a alegria de vocês (um destaque fenomenal), pois "a alegria é o melhor exorcismo" (São Francisco de Assis). A busca da vocação de vocês em realizar o amor para o Reino através do sacerdócio ministerial: "vocação acertada para um futuro feliz". 


Neste salmo, apresenta-se a consagração sacerdotal que se referia ao sacerdote Aarão, pai do sacerdócio bíblico. Além disso, o salmista mostra a sacralidade da fraternidade que é representada pela barba. Possam manter-se unidos, mesmo com as diferenças que isso é bem normal num grupo (Jo 17: Ut unum sint). 


A barba no Oriente é concebida como vitalidade e potência; e as vestes são a dignidade (Salmo 8). Portanto, uma consagração que engloba todo o ser humano que deve contemplar as dimensões: biopsicossocial e espiritual.  Hoje, a sociedade necessita muito desse olhar, para podermos tocar o ser humano como Jesus realizou. 


Uma preocupação que eu tenho muito hoje é a doença social de que não consigo me socializar mais com os outros, principalmente com os meus em casa/clero/seminário, neste período crítico.   A pandemia demonstrou ainda mais as dificuldades de uma interação com minha família, ou seja, de uma vivência superficial.   É a tal chamada “Modernidade líquida”: uma crítica do sociólogo Baumen que mostra uma sociedade imediatista, leve, ou seja, sem muito compromisso (superficial).    Com este tipo de filosofia de vida, os relacionamentos se tornam mais superficiais e acabam prejudicando o nosso desenvolvimento biopsicossocial e espiritual.  Possamos aproveitar este momento e ir ao encontro dos nossos e pedir perdão e assim, voltarmos a valorizar a nossa família.  

“Ohana quer dizer família e família quer dizer aquela que nunca nos esquece ou nos abandona” (Lilo & Stitch) ou o dom da graça de Deus em havaiano.

(Pe. Marcelo José. Atuação sacerdotal no tempo da pandemia: 01/04/21).


Possamos derramar o óleo, para aqueles que vierem ao nosso encontro: rico ou pobre, clero ou leigo, branco/negro/índio (aqui em Rondônia é bem expressivo isso)... Enfim, aos que o Senhor nos enviar. 


Agradeço a Deus por cada um de vocês na sua vida e vocação.  Meu muito obrigado por manifestar a graça e a bênção em minha vida também. 


Cor unum et anima una  

(um só coração e uma só alma). 


Pe. Marcelo José M. Da Costa

Arquidiocese de Niterói 

Seminaristas do menor em Porto Velho - Rondônia (2022).